A evolução da indústria automotiva é constante. Mesmo após 130 anos do surgimento do automóvel, ele continua sendo aperfeiçoado, tendo cada componente revisto, revisado e melhorado.

Se compararmos um carro atual, com um de 20 anos atrás será possível enxergar o quanto ele evoluiu, em termos de segurança, eficiência e desempenho.

Mas nem todo sistema mecânico pode ser reinventado, ao menos, não com uma boa dose de tecnologia, e porque não dizer, com uma boa dose de audácia dos engenheiros!

É o caso do sistema de freios, que em mais de um século evoluiu do acionamento manual de um bloco de madeira pressionado contra ar rodas, a uma cinta de couro que abraçava o eixo, que vale salientar, já elevou e muito a eficiência do sistema, ao atual que utiliza pastilhas de um material composto pressionadas contra um disco de ferro fundido.

A grande evolução, nesse caso não foi apenas a mudança nos materiais em contato que geram a fricção que por sua vez para o veículo, mas o uso de um circuito hidráulico para reduzir o esforço do motorista ao pisar no pedal e ampliar essa força, aumentando a eficiência do sistema.

Mas se olharmos no próprio veículo, sistemas que antes eram acionados por cabos flexíveis hoje os elimina, passando a utilizar um elaborado sistema eletrônico, com sensores e atuadores, que realizam o mesmo trabalho, só que de forma muito mais eficiente.

Esse é o caso, por exemplo, do acelerador eletrônico, que com um sensor no pedal e um pequeno motor elétrico na borboleta do motor, permite aumentar a rotação e a velocidade de acordo com a intenção do motorista, sem contato físico entre as partes. A esse sistema, damos o nome de “drive-by-wyre” ou condução por fios, e foi uma grande evolução na indústria automotiva.

Saiba que hoje, 100% da frota a combustão vendida no pais usa esse sistema! Mas então, porque não utilizar esse mesmo conceito no sistema de freios e assim eliminar a necessidade de um fluido? Assim teríamos um fator ambiental positivo, visto que eliminaríamos a necessidade de um líquido, tanto na produção do carro quanto na sua manutenção, não é verdade?

Apesar de fazer muito sentido, estamos falando aqui de um sistema de segurança que são os freios. Utilizar um sensor no pedal e atuadores elétricos nas pinças de freios para parar o carro não seria nada difícil de implementar, mas a questão é: e se o sistema tiver uma falha?

Por menos provável que seja, ela precisa ser considerada, e o grande problema é que ainda não há uma solução técnica para isso. Ao menos não a um custo viável. Por isso, apesar das Montadoras estarem se empenhando ao máximo para entregar mais essa evolução tecnológica ainda não veremos essa inovação em carros de passei ao menos até o final dessa década!

Até o próximo HIPPER DICAS!