Todo reparador sabe que na manutenção de um sistema de freios, está incluída a sangria do fluido. Um procedimento simples, mas que precisa ser realizado de forma correta. Faça o pit stop agora e confira a dica do especialista Pedro Luiz Scopino da Auto Mecânica Scopino!

O termo “sangria” é utilizado para dar nome ao processo de remoção do fluido de freio, velho e contaminado, que dá lugar no sistema a um fluido novo e livre de contaminantes. Tão antigo quanto o próprio sistema de freios hidráulicos, esse procedimento pouco mudou com o passar dos anos, mas agora volta a tomar a atenção dos reparadores automotivos.  

Não é para menos, afinal, o número de veículos equipados com sistema de freios ABS que passam pelas oficinas mecânicas tem aumentado a cada ano, e isso vai exigir cuidados adicionais por parte do reparador.

Há aquelas recomendações básicas, que não importam se o veículo possui ou não ABS, como respeitar a classificação do fluido, conhecida como DOT. Isso é extremamente importante, você sabe, e essa informação consta no Manual do próprio veículo, site da Montadora ou na própria tampa do reservatório do fluido. Não faz mal relembrar ainda que o recomendado é sempre realizar a sangria de forma preventiva, respeitando a quilometragem, o tempo conforme indicada pelo fabricante, ou a cada reparo do sistema de freios. 

Agora, para realizar a troca do fluido, ou sangria, como é mais conhecido o procedimento, o recomendado é utilizar um equipamento por pressão ou sucção. Isso garante a remoção das bolhas e contaminantes do fluido, além de preservar o cilindro mestre de eventuais danos em seu fim de curso que podem ocorrer em um processo manual.  

Mas tão importante quanto realizar a sangria é seguir a correta sequência para retirada do fluido do sistema. E isso é extremamente importante, afinal garante a remoção de bolhas e evita que impurezas sejam direcionadas para o cilindro mestre ou mesmo para o corpo de válvulas no interior do módulo ABS. Para isso, o recomendado, não importando se o veículo possui ou não sistema ABS, é iniciar sempre pela roda mais distante, finalizando pela roda mais próxima ao cilindro mestre. 

Lembre-se, caro Reparador, que em alguns casos o procedimento de sangria exige a utilização de um equipamento de diagnóstico, conhecido como scanner, para permitir ativar seus componentes internos como eletrobomba e eletroválvulas, garantindo a remoção do fluido contaminado e de suas impurezas. Para isso basta conectar o aparelho ao veículo e seguir as instruções descritas no display.