Imagine que entre a tecnologia de motor a combustão e o veículo totalmente elétrico há um grande caminho a ser percorrido. Não falamos tão somente das tecnologias em si, que afinal, se mostram completamente distintas, mas também do próprio consumidor que precisa de um tempo para se adaptar à nova proposta de mobilidade entregue pelo elétrico. Afinal estamos falando de um carro que não emite sons e que não precisa abastecer em um posto de combustível. Um conceito que para muitos pode parecer algo muito distante e, por que não dizer, um tanto quanto estranho.

Nessa jornada tecnológica, surge o veículo híbrido, uma tecnologia de transição que une o melhor dos dois mundos: a combustão e elétrico em um único automóvel. Em um linguajar popular, seria o equivalente a máquina de escrever elétrica, que intermediou a passagem da máquina de escrever para o computador. Inclusive, o termo “híbrido”, deriva de uma expressão da Biologia utilizada quando um único ser apresenta as características de dois outros animais. Designação essa que cai como uma luva para um automóvel que é parte a combustão e parte elétrico.

Mas, ao reunir duas tecnologias tão distintas um híbrido se torna extremamente complexo. Isso porque ao unir todo o pacote tecnológico já embarcado em um automóvel a combustão a componentes eletrificados como uma bateria de alta tensão e um motor elétrico temos um veículo altamente sofisticado. Um baita desafio para qualquer engenheiro, não é verdade?

Em um automóvel híbrido, ao contrário do que se imagina, o motor mais importante é o elétrico, o sistema de controle irá privilegiar seu funcionamento em relação ao motor a combustão. Daí que vem a grande economia de combustível que esses modelos entregam. Afinal, em boa parte do tempo, principalmente na cidade, o uso do motor elétrico se faz presente, mantendo o motor a combustão desligado.

Apenas em certas situações onde é necessário maior potência, o motor a combustão é acionado para contribuir com o desempenho do carro, ou até mesmo ser utilizado como gerador para carregar a bateria de alta tensão. E, o mais bacana de tudo isso é que a mudança do motor elétrico para o de combustão, e vice versa, ocorre de forma muito sutil, que quase não é percebido pelo motorista. Isso demonstra grau de refinamento técnico desses automóveis.

Apesar do projeto altamente avançado, em vários países do Mundo, o híbrido terá uma vida curta, afinal, ele foi criado para garantir a passagem de bastão do carro a combustão para o 100% elétrico. Mas aqui no Brasil, onde temos o Etanol combustível como opção, veremos esse tipo de automóvel por um período mais longo, compensando em preço os veículos elétricos que são mais caros por utilizarem uma bateria de maior porte.